Quarto do Ash Miller

- o que eles precisam é de disciplina e não raparigas como tu a tomar conta deles. se tu fores tomar conta deles vao ficar todos excitados e ainda se vao meter contigo e vais.te sentir desconfortavel - avisei - precisam é de um pulso firme de um pai

Tive que me rir com aquilo - Por acaso acho que não me sentiria assim. Sem dar conta de umas quantas provocações, e responder... se for preciso - pisquei-lhe o olho - Pois precisam, mas isto é suposto ser divertido. Desde que não façam asneira da grossa, nem é precisa muita monitorização. 

- e achas que um puto de 16 anos nao vai fazer asneira ? - desta vez tive eu de me rir - acredita que eu quando tinha essa idade nao fiz outra coisa senao asneiras e metia.me em montes de problemas, ta no nosso DNA, no masculino 

- Pois... lá nisso tens razão - quanto mais velhos piores, relembrei-me. - Essa vossa testosterona toda é um pesadelo, às vezes. És assim tão rebelde, Ash?

Encolhi os ombros - depende do que tu achares rebelde. o que tu achas rebelde, posso eu nao achar - disse.lhe - mas sou um bocado. já tive detido varias vezes, coisas de passar a noite, nada demais

- Rebelde ao género de roubar o carro aos pais e fazer coisas que não devia - Era uma ideia aproximada de rebeldia. - Ah, estás-me a dizer que és um bad boy? - perguntei, arqueando a sobrancelha.

- nao me considero bad boy, apenas fui apanhado a fazer coisas que nao devia com idade que nao devia - encolhi os ombros

- Isso encaixa na minha definição de bad boy. Agora já és mais certinho? - perguntei, num tom de gozo evidente. - pelo menos ajudas donzelas em apuros. 

- eu sempre ajudei raparigas quando estas precisavam de ajuda. isso nao significa que goste de seguir regras - encolhi os ombros - e para que conste, eu continuo sem as seguir

- A maioria dos rapazes hoje em dia nem quer muito saber disso, desde que tenham as miúdas na cama. Não se interessam com mais nada - Eu dizia apenas isto por causa da minha mágoa e falhanço com os homens. Senti-me idiota mal o disse.  - teres-me aqui no teu quarto é contra as regras... sou tua monitora - era apenas semi-verdade.

- nao sou uma turrinha, estou no grupo dos caturras. nao tenho ninguem a tomar conta de mim. sou livre - olhei.a - e é assim que gosto de ser. nao gosto que me deem ordens. por isso podes descansar, continuas com o cadastro limpo, nao tas a quebrar regras.

- se fizeres alguma asneira o mais provável é ordenarem-te um conselheiro - era o que acontecia muitas vezes - também estou apta para esse lugar.
- talvez eu também goste de quebrar regras - sabes bem que não és assim.

- estás preocupada por estares no meu quarto quando eu sou maior de idade e nao sou propriamente uma criancinha, por isso acho que nao gostas de quebrar as regras - constatei

Odiava que ele tivesse razão - Pronto, eu admito. Não sou muito de quebrar as regras. Só o faço uma vez o outra- Porque não dizer já que sou a pessoa mais aborrecida à face da terra?

- e essa uma vez ou outra é tipo quebrar a hora do recolher ou dizer uma mentira para as crianças fazerem o que queres ? - perguntei - tens de viver a vida, a vida sao so dois dias

- Ah, não sejas assim. Também já fiz algumas coisas más - Que não ia obviamente discursar - A vida não é assim tão fácil. 

- Não é mas tens de aproveitar a vida - revirei os olhos - diz la algumas dessas coisas que provavelmente nao sao consideradas rebeldias

Eu discordava com aquilo - Quando vi para aqui, Andorra, foi para começar a aproveitá-la - confessei baixinho. - uma vez entrei num sitio proibido, isso conta?

- hmm entraste e saiste a correr ou fizeste algo tambem proibido ? - perguntei, sorrindo - ah estas tudo menos aproveita.la aqui, so pensas em regras

- Fiquei lá uma hora ou assim. Era apenas uma propriedade privada. Eu e os meus amigos entrámos, fomos até à piscina que estava seca e ficámos a fazer skate - já tinha sido há dez anos mais ainda era uma memória feliz. - Não penso só em regras - repliquei.

- Isso nao conta, era quase uma casa abandonada. Qualquer um faz isso - revirei os olhos - ja fumaste substancias para experimentar ? - perguntei - já tiveste um b.i falso para entrar em discotecas ou entao comprar bebidas ?

- Podia ter aparecido alguém, mesmo assim! - A verdade foi que eu contornara as regras dessa vez - Já bebi álcool, de vários feitos e maneira. Mas não, nunca fumei nada - Porque não quisera. - Nunca precisei disso. Só comecei a gostar de festas a partir dos 18, o meu bi verdadeiro metia-me dentro da discoteca. 

- nao es rebelde jade - disse, olhando.a - tu es a rapariga mais certinha que eu ja conheci. - inclinei.me sobre ela, ficando bem perto do seu rosto - se nao te importas de quebrar as regras vais.me beijar - desafiei - uma monitora a beijar um aluno

Era suposto ficar ofendida com aquele seu comentário? Parecia mais que ele me estava a chamar super aborrecida. - dito por outras palavras achas-me aborrecida - Quando ele me desafiou, nem pensei duas vezes. - Verás - Segurei o seu rosto e beijei-o - e não era um beijinho, mas sim um beijo a sério que mostrasse que eu não era só uma rapariga certinha.

Levei a mão até à sua cintura e puxei.a para mim. Afinal ela nao era assim tão certinha e até beijava bem - afinal tens tomates - disse em tom de gozo quando me afastei