Estábulo da ovelha choné

Assim que cheguei ao estábulo, apanhei a Choné e dei-lhe algumas festas enquanto falava com ela. Não me importava que o outro me ouvisse, estava-me a lixar para o que ele tão pouco podia pensar! Dei comida à pequena ovelha e depois voltei a sair dali, caminhando calmamente para o bar.

- Se levares com ela no focinho também não ias gostar. - Resmunguei indo agarrar na minha ovelha linda. - Hey Choné! - Exclamei com entusiasmo.

- Choné é um nome lindo para uma ovelha. - Disse com um beiço adorável. - Se não gostas do nome é porque não tiveste infância. - Resmunguei.

- Ofensivo de que modo? - Questionei num tom confuso, erguendo a minha sobrancelha.

- Ela está a pensar para ela: Hm ele só diz disparates! - Disse fazendo uma voz fininha e irritante. - Não a deprimas. - Pedi.

Pousei a Choné no meio da palha enchendo-lhe a taça com comida e água. - Não, ainda não tive muito tempo para isso. - Admiti.

- De noite? - Questionei com curiosidade. - Por amor de Deus nada em que me possa matar. - Informei.

- Sou aventureira em certos momentos. Coisas que metam em risco a minha vida não é para mim. - Informei, caminhando com ele para fora do estábulo calmamente.

- Acho que me rio o suficiente. - Comentei com um sorriso traquina no rosto. - E não penses que a tua vida é assim tão boa, não és a última bolacha do pacote nem a última coca-cola fresca no deserto. - Avisei apontando-lhe o dedo por momentos. 

- Estava mesmo a dizer que não és assim tão importante quando pensas. - Ri-me. Senti um dos meus pés escorregar numa camada de gelo assim que o pousei e não tive outra alternativa senão agarrar-me com força a James. - Meu deus que susto!

- Só serves para encosto. - Resmunguei, agarrada ainda a ele. Olhei-o nos olhos e engoli em seco.